"Não gosto de finais. Final de festa, final de curso, final de filme, final de conversa, final de quase tudo. Meu medo é que, depois desses e outros finais, não tenham novos recomeços. Tenho medo dos recomeços ou dos fins? Parece que dos dois. Tem quem não goste dos meios. Não gosto é dos fins. E dos recomeços. Nos recomeços é caminhada a campo aberto e esse quase que por completo desconhecido. Nos finais é o completo, mas vazio. É o perguntar-se: e agora? Não sei o que é pior. Recomeços. Novas chances. Finais. Novas possibilidades? Sei lá. Depende. Os fins, os recomeços ou os meios, cada um se encontra estável onde bem entende. Não gosto de me entender muito. Só sei que nunca gostei dos finais. E nem dos recomeços. Prefiro o meio. É isso. Apesar de que recomeços são propulsores. Alguns recomeços são necessários, por isso os fins. Tem fins que justificam os meios e, sério, explicam os próximos recomeços. Recomeços, meios ou fins, a vida é ciclo. Jornada essa que não cessa, mesmo que a nossa preferência seja pelos meios, pelo ponto de equilíbrio da gangorra da vida."

 - Thomaz Cunha