Quem vive o próprio querer

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Não consigo ser falso com os meus sentimentos. Enquanto meu sorriso mente, meus olhos destacam a verdade. Se eu puder lhe dar um conselho, aí vai: nunca, sob hipótese alguma, deixe de demonstrar seus reais sentimentos.

Não esconda suas fraquezas, suas mágoas, suas decepções, seus medos e suas manias. Não deixe, não largue, não faça nada contra a vontade do seu ser. Não vista fantasias. Não vá de acordo com a maré. Se puder, seja fora de moda. Use a própria essência.

Toda essa dita fraqueza não mostra o que representa a muitos olhos. Você deve pensar o contrário. O ser humano é forte, complexo, mistério. Tanto que até hoje nenhuma máquina se compara a nós.

Para quem percebe, para quem olha a vida pela perspectiva incomum, para quem escolhe ver o lado bom das pessoas, sabe que o fraco agrada pela força inimaginável que tem. Porque o fraco é cavalo azarão. Ele surpreende. Ele é forte. E a melhor arma que tem é ser o que é.

Quem é ser humano o suficiente, diz que erra, pede perdão, abraça com devoção, chora de tristeza e caminha mesmo querendo parar. E demonstra isso mesmo em terreno instável. Mesmo que apontem o dedo na sua cara e gritem: seu fraco. Isso é o que faz alguém humano. Não são só qualidades. Defeitos modelam-nos, configuram-nos.

Desculpa, quem esconde os próprios erros e medos mente para si. Por favor, seja humano. Veja a humanidade de carne, osso e mente. Não se esconda. Na frente do espelho você não vai conseguir fugir. Encare-se e mostre-se. 

Só consegue ser real quem vive o próprio querer.


Thomaz Cunha


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