Todo mundo tem uma história. Cada um tem o próprio baú de lembranças que rememoram cada momento da vida. Doloridas. Felizes. Tristes. Mas, essencialmente, inspiradoras. Nenhuma é perfeita, é claro. Todas tem seus pesos e suas levezas.

Algumas dores refletem no dia a dia. E algumas certezas impulsionam. Algumas vezes o ego impede, limita. Outras vezes quem mete o pé na frente e derruba são as nossas amputações mentais. Aquele que não sonha, que não gosta ou que não quer ver além do que se apresenta. Talvez nossa segurança seja manter o baú no mesmo lugar. Inerte. Nem remexê-lo. Não dar a possibilidade para levantar poeira. Outras vezes o que precisamos talvez seja a mudança. Talvez seja jogar pela janela, fazer uma limpeza geral. Tantos talvez que nos rondam. A vida é eterna dúvida que só torna-se certeza quando damos oportunidade para as nossas vontades. Só nós que sabemos o que tem serventia, não funciona, não faz bem. Nenhum conselho amigo, astrológico ou qual for, é melhor do que o próprio ato de pesar cada situação ou caminho. Contanto que seja sua a decisão, ok. É bom tomar controle. Não se vitimizar. É bom ser ciente que a vida é sua.

Não te valoriza? Não recebe amor? Não recebe sorrisos? Não ouve as palavras mágicas? Não encontra a paz no outro? Mesmo assim, mude a história. Não pague com a mesma moeda. Não seja mesquinho. Não fique parado ao som do trovão. Não permita feridas. Seja claro, harmonioso. Tome conta de si. Não interfira na história do outro. Cada um com o próprio baú de lembranças. Peça ou espere por permissão para participar da vida do outro. Não pule cercas, não roube a tranquilidade do outro. As histórias machucam. O que o outro sente é dele. Só compartilhe amor e a tranquilidade de viver. Não se afobe em querer interagir. Cada um tem uma história. Certa vez ouvi que cada um sabe a dor e a alegria que traz no coração. Espere pela reciprocidade. Lembre-se que as histórias machucam. Espere pelo start. Tenha cautela. É isso.

Thomaz Cunha