Não é brutalidade alguma impor nossos limites

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Não somos obrigados a nada. Assim, temos que ser educados para a felicidade e não para sermos prisioneiros das nossas escolhas diárias. Se não nos sentimos bem com determinada situação, temos todo o direito de mudar de opinião ou de esclarecer nosso ponto de vista.  

Desde muito cedo aprendemos a nos comunicar. Começamos com gestos e expressões, desenhamos pelas paredes de casa nossas artes rupestres, ao mesmo tempo em que balbuciamos algumas pequenas palavras até conseguirmos de fato expressar o que sentimos, e, assim, vamos aprendendo, a medida que crescemos, a escrever, a falar e a ler. Nessa época, fazemos declarações engraçadas, e por sinal muito verdadeiras, recebendo dos adultos o título de sinceros. Eles riem das crianças que não tem filtro e depois refletem.

Parece que essa comunicação vai se perdendo, essa fala de criança, nua e crua, verdadeira. Infelizmente. Optamos pela omissão por  medo de ferir. Essa é a verdade, a única verdade. Optamos, muitas vezes, pelo conveniente para algo que nos provoca repulsa, que discordamos, por medo de sermos insensíveis, sem coração.

Sinceridade é vista como uma brutalidade por aqueles que são acostumados a ter tudo que sempre quiseram, na hora que desejaram.

Devemos reaprender a nos comunicar, novamente, com as crianças, com aquelas que, com certeza, fomos e que estão agora adormecidas. Temos que ser reeducados para compreender que não é não e sim é sim. 

Não é brutalidade alguma impor nossos limites.

- por Thomaz Cunha



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